As adrenais são glândulas (duas) localizadas em cima de cada rim, cada uma tem cerca de 4 cm de comprimento e pesa cerca de 5g. São glândulas produtoras de hormônios como a adrenalina, dopamina, testosterona e outros. Elas apresentam função de controle da pressão arterial, efeitos anti-inflamatórios, sensação de medo e fuga em situações de perigo e etc.
O câncer de adrenal é raro, mas uma neoplasia grave. Outras doenças benignas podem ocorrer levando um desequilíbrio na produção de hormônios produzidos pela glândula como é o caso da Síndrome de Cushing, Feocromocitoma e etc.
Geralmente, os tumores de adrenal são achados em exames de rotina e são conhecidos como incidentaloma.
O grande desafio que envolve esse diagnóstico é determinar se tal tumoração é produtora de substâncias nocivas ao paciente e, ainda mais importante, determinarmos se o nódulo trata-se de um câncer. Cerca de 25% de lesões apresentam necessidade de tratamento operatório ou clínico. O restante dos casos, são compostos de lesões benignas que no máximo precisam de seguimento especializado.
Uma lesão da glândula adrenal deve ser investigada com exames de tomografia computadorizada e/ou ressonância nuclear magnética e exames sanguíneos que excluam a produção excessiva de substâncias que prejudicam o paciente.
Lesões maiores são consideradas de alto risco de malignidade e a maioria dos pacientes necessita de tratamento operatório. Em casos que são observados o crescimento da lesão ou que se suspeite da produção de substâncias nocivas ao organismo, o tratamento medicamentoso ou mesmo o cirúrgico, pode ser indicado. A biópsia de lesões adrenais é reservada para situações específicas.
A presença de tumores maiores ou produtores de hormônios, geralmente, devem ser operados por vídeocirurgia.
Os pacientes com tumores menores e não-funcionantes podem ser avaliados periodicamente com dosagem de hormônios e exames de imagem.
Pacientes com nódulo de adrenal devem ser avaliados e acompanhados por um urologista com experiência no assunto.