Free cookie consent management tool by TermsFeed Policy Generator | Dr. Vagner Comin | Tratamento da Doença de Peyronie |

ANDROLOGIA DOENÇA DE PEYRONIE

Doença de PeyronieDoença de PeyronieA Doença de Peyronie (Tortuosidade Peniana) foi descoberta em 1740, mas até hoje motiva muitos estudos médicos e científicos. Pode ser definida como um distúrbio do tecido conjuntivo do órgão sexual masculino, que envolve o crescimento de placas fibrosas sob a pele (na túnica albugínea), podendo deformar o pênis de várias formas.

A curvatura ou deformidade peniana adquirida  pode ser observada principalmente em homens acima dos 40 anos de idade, no entanto, há casos de homens mais jovens que manifestam o problema.

Esse problema pode afetar de 3% a 9% do público masculino, mas existem algumas condições que aumentam a probabilidade de um homem ter a doença, por exemplo, esse índice sobe para 16% em homens que fizeram cirurgia de próstata e 20% para diabéticos.  

Causas

A causa da Doença de Peyronie não é completamente conhecida, no entanto, existem alguns fatores que aumentam o risco de desenvolvimento de tecido cicatricial à volta do pênis, a saber:

  1. Lesões repetidas no pênis. Por exemplo, o pênis pode sofrer danos durante o ato sexual, atividade física ou como resultado de um acidente;
  2. Hereditariedade (genética);
  3. Idade. A Doença de Peyronie pode ocorrer em homens de qualquer idade, mas o risco aumenta com o avançar da idade, sendo por isso a doença mais frequente nos homens mais idosos;
  4. Tabagismo (fumar qualquer tipo de tabaco);
  5. Certas patologias já existentes como contractura de Dupuytren, fascite plantar e esclerodermia;
  6. Doenças autoimunes, como Lúpus Eritematoso Sistêmico aumentam o risco de desenvolvimento de tecido cicatricial no pênis, entre outros.

Diagnóstico

Em qualquer fase da Doença de Peyronie, a pele cicatricial no pênis pode provocar diversas complicações, tais como:

  1. Incapacidade em ter relações sexuais;
  2. Dificuldade em conseguir ou manter uma ereção, a chamada disfunção erétil (impotência sexual);
  3. Ansiedade ou stress sobre habilidades sexuais ou aparência do pênis;
  4. Comprimento do pênis reduzido, entre outras.

Geralmente, esta doença não provoca infertilidade, no entanto, dadas as complicações referidas, pode ser extremamente desconfortável manter relações sexuais e viver com esta patologia, podendo interferir com os relacionamentos mantidos pelo paciente.

A Doença de Peyronie tem cura?

Não há nenhum tratamento específico que promova a cura da Doença de Peyronie, contudo existem diversas opções de terapêuticas capazes de tratar eficazmente esta patologia.

Tratamento medicamentoso

Existem algumas opções de terapias injetáveis que apresentam resposta ao alguns casos de Peyronie, no entanto, estas possibilidades esbarram em seus custos elevados ou na dificuldade de acesso a estas drogas, sendo possibilidade de tratamento:

  1. Colagenase: aprovado para em uso em homens adultos com curvaturas moderadas a graves, age eliminando o acúmulo de colágeno que provoca a curvatura peniana
  2. Bloqueadores dos canais de cálcio: esses medicamentos atuam interrompendo a produção de colágeno e ajudam a aliviar a dor provocada pela doença.
  3. Interferon: este composto é uma proteína que interrompe a produção de tecidos fibroso.

Alguns fármacos podem ser úteis, tais como inibidores da fosfodiesterase 5 (tratamento da disfunção erétil), ou analgésicos/anti-inflamatórios para o tratamento da dor da fase aguda. Uso de vitamina E, tamoxifeno, colchicina entre outras drogas já utilizadas no passado não é mais recomendada.

Tratamento cirúrgico

O urologista pode sugerir a cirurgia, se a deformidade do pênis for muito acentuada e impedir a atividade sexual . A cirurgia visa a correção da curvatura, permitindo a atividade sexual sem dificuldades.

Existem três tipos de intervenção para correção da curvatura peniana causada pela Doença de Peyronie:

  1. Método de encurtamento das túnicas penianas

    Neste tipo de cirurgia, o intuito é encurtar o lado convexo da curvatura peniana, tornando-o do mesmo comprimento do lado oposto. Assim, durante o procedimento, após uma ereção artificial, são realizadas suturas (pontos) para correção da curvatura. A taxa de sucesso desta técnica fica em torno de 85%, apresentando como maior inconveniente um encurtamento peniano na faixa de 1,0 a 1,5 cm.

  2. Método de alongamento das túnicas penianas

    Nesta abordagem, a técnica é oposta à anterior, sendo o alongamento do lado côncavo o objetivo. Geralmente, isso implica remover a placa fibrosa que ocasiona a curvatura e substitui-la por um enxerto de uma substancia natural ou sintética. Este tipo de técnica é especialmente para curvaturas graves (acima de 60 graus) ou complexas (multiplas curvaturas ou deformidades).

    A taxa de sucesso também é elevada, mas a sua principal desvantagem é que pode levar a disfunção erétil que não existia previamente em cerca de 20% dos casos.

  3. Implante de prótese peniana

    Em casos em que existe simultaneamente curvatura peniana e disfunção erétil, em especial quando esta disfunção não responde ao tratamento medicamentoso, a melhor opção é o implante de uma prótese peniana. De acordo com gravidade da Doença de Peyronie, em algum casos, é necessária a correção da curvatura peniana associada à colocação da prótese.

Outros tratamentos

Existem algumas outras modalidades de tratamento do Doença de Peyronie, em geral elas tentam de forma mecânica ou por estimulação  da remodelação tecidual reduzir ou mesmo corrigir a deformidade peniana. Nenhum deles apresenta respostas significativas, sendo seu uso bastante limitado. 
As opções disponíveis no mercado são:

  1. Terapia de ondas de choque
  2. Terapia de tração peniana
  3. Dispositivos de vácuo

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